As bases de dados são um dos pilares fundamentais da informática moderna, desempenhando um papel crucial no armazenamento e recuperação de informações para aplicativos, desde os pequenos até os grandes serviços empresariais e globais na nuvem. Em cada lançamento de processadores para servidores, os fabricantes enfatizam sua adequação para bases de dados, mas a escolha do CPU certo em 2025 se mostra mais complexa do que aparenta.
Durante um recente encontro com administradores e responsáveis pela infraestrutura, a discussão girou em torno da adoção de processadores de 192 núcleos. Enquanto alguns estavam entusiasmados com o potencial de desempenho, outros expressaram preocupações sobre os desafios de gerenciamento de licenças, revelando a tensão entre performance e custo.
Tipos de Dados em 2025
Embora a imagem clássica de uma base de dados continue a ser relacional, várias tipologias coexistem hoje em dia, como NoSQL, in-memory, vectoriais e bases de dados de séries temporais e grafos. Mesmo com suas diferenças, todas compartilham a necessidade de recursos computacionais adequados, como CPU, memória e armazenamento, para um desempenho eficaz.
O Papel do CPU
Os processadores de servidores são fundamentais, determinando a capacidade de processamento de consultas e transações. Com um exemplo específico, um par de processadores AMD EPYC 9965 com 192 núcleos e 12 canais de memória DDR5-6400 pode parecer a escolha ideal, mas o custo das licenças se torna um fator decisivo na equação.
Licenciamento e Custos Ocultos
No ambiente empresarial, o custo do software geralmente excede o do hardware. Licenças como a do Oracle Database podem custar cerca de 47.500 dólares por processador, enquanto o Microsoft SQL Server 2022 e o SAP HANA também apresentam custos consideráveis. Assim, a implementação de CPUs de alta densidade pode resultar em despesas exorbitantes em licenças.
Alternativas Gratuitas
Existem opções open source e sem custo de licença, como PostgreSQL e MySQL Community Edition, que estão se popularizando, especialmente entre startups. No entanto, mesmo essas alternativas podem acarretar custos com suporte e versões especializadas, tornando a escolha do CPU igualmente importante.
Cenários de Decisão em 2025
Os administradores irão se deparar com diferentes cenários na escolha de CPUs, dependendo do tipo de base de dados. Por exemplo:
- Bases de dados relacionais críticas priorizam o custo de licenciamento por núcleo.
- Em bases in-memory, a capacidade de memória e largura de banda é vital.
- Já em NoSQL e bases de dados distribuídas, o custo por nó se torna o fator mais relevante.
Eficiência Energética e Sustentabilidade
Em 2025, as questões de custo energético e sustentabilidade ganharão mais relevância. O consumo elevado de energia por um processador de 192 núcleos pode impactar a operação de data centers, forçando as organizações a considerar não apenas custos com licenças, mas também as despesas operacionais e suas emissões de CO₂.
Conclusão
A escolha do CPU para bases de dados em 2025 não é apenas uma questão de quantos núcleos são oferecidos. Existe um delicado equilíbrio a ser considerado entre a potência computacional, os custos de licenciamento e suporte, a escalabilidade e a eficiência energética. Sistemas e arquitetos devem avaliar cuidadosamente suas necessidades específicas antes de tomar uma decisão que impacta profundamente os custos operacionais e o desempenho geral.