A icônica loja Ginjinha Sem Rival, localizada no coração de Lisboa desde 1890, enfrenta o encerramento a partir do final de junho devido a um desentendimento entre o gerente, Nuno Gonçalves, e o proprietário atual do edifício, Axel Gassmann. O empresário alemão, que transformou o prédio em um hotel, decidiu rescindir o contrato de arrendamento da loja, sem demonstrar interesse em dialogar com a gestão do estabelecimento. Gonçalves, bisneto do fundador, expressou sua indignação e revelou que já recebeu uma proposta considerada “irrisória” para a compra do negócio, a qual foi rejeitada por sua família.
A Câmara Municipal de Lisboa, por meio do vereador Diogo Moura, está mediando a situação e acredita que o desfecho mais provável envolverá ações judiciais. Embora a Ginjinha Sem Rival tenha ordem de fechamento, o gerente afirmou que irá operar normalmente até que a Justiça decida sobre o caso. O estabelecimento é reconhecido como uma “Loja com História”, o que, segundo a legislação atual, garante proteção do contrato até 2027, uma posição apoiada pela Câmara e que Gonçalves pretende defender na Justiça.
Enquanto isso, a loja continua atraindo centenas de turistas todos os dias, que buscam provar o famoso licor de ginja. Uma ação de solidariedade está agendada para o dia 5 de julho, demonstrando o apoio da comunidade a este legado histórico. O ativista Paulo Ferrero, do Fórum Cidadania LX, lamentou a ameaça de fechamento e ressaltou a importância de políticas de urbanismo que protejam estabelecimentos centenários, destacando que a situação atual reflete desafios enfrentados há anos na preservação do patrimônio comercial de Lisboa.
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