Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, a presidente da Assembleia Geral da ONU, Annalena Baerbock, destacou a ativa participação de 189 Estados-membros na Semana de Alto Nível, que culminou na terça-feira. Dentre eles, 124 foram representados por chefes de Estado ou Governo, evidenciando a relevância da organização mundial como um “lar da diplomacia e do diálogo”.
Durante a coletiva, Baerbock abordou o tema da eleição do próximo secretário-geral da ONU, mencionando que, em 80 anos, nenhuma mulher ocupou o cargo, o que levanta questões significativas em relação à disponibilidade de “4 bilhões de potenciais candidatas”. A presidente enfatizou que muitos discursos durante a semana, inclusive de líderes mundiais, reiteraram a necessidade de corrigir essa desigualdade. Segundo ela, essa escolha terá um impacto direto na credibilidade da ONU.
Além disso, Annalena anunciou que o primeiro passo para o processo de seleção do novo secretário-geral será uma carta conjunta entre ela e o presidente do Conselho de Segurança, que deverá ser redigida em breve. Após isso, será aberta a convocação para candidaturas.
Em relação aos resultados mais relevantes da Semana de Alto Nível, a criação de uma estrutura para a governança da Inteligência Artificial (IA) foi um dos temas destacados. A presidente mencionou a importância de regulamentações frente à proliferação de conteúdos gerados por IA, especialmente as chamadas “deep fakes”, que têm como alvos principais mulheres e meninas. Ela também expressou preocupação com o consumo de energia associado à tecnologia e pediu uma abordagem de capacitação equitativa e inovação consciente em relação ao clima.
No que diz respeito ao Oriente Médio, Baerbock sublinhou a urgência das questões de paz e segurança, com um foco renovado na solução de dois Estados para o conflito Israelense-Palestino. Ela afirmou que nunca houve um compromisso tão forte em favor de um Estado Palestino independente, assim como um suporte à segurança do Estado de Israel. Além disso, ressaltou o apelo unificado dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança para abordar a situação humanitária em Gaza e a libertação de todos os reféns israelenses.
Origem: Nações Unidas





