No quarto trimestre de 2024, a taxa de penetração dos acessos telefónicos principais em Portugal alcançou 51,9 acessos por 100 habitantes, refletindo um aumento na instalação de serviços a pedido dos consumidores residenciais, que atingiu 95,7 acessos por 100 agregados domésticos. Esse aumento representa uma variação positiva de 0,5 pontos percentuais em relação ao período homólogo.
O número total de clientes do serviço telefónico fixo na modalidade de acesso direto subiu para aproximadamente 4,5 milhões, o que representa um incremento de 26,6 mil clientes (+0,6%) em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este crescimento é atribuído à penetração contínua das ofertas em pacote, que incluem a telefonia fixa.
As redes de nova geração, como a fibra ótica e os serviços de TV por cabo, foram fundamentais para o crescimento no número de acessos, que totalizou 5,5 milhões, mostrando um aumento de 24,1 mil acessos, mas também o menor crescimento desde 2019, com uma variação de apenas +0,4%. Esse fenômeno é explicado pela predominância de acessos suportados por tecnologias mais modernas, que representaram 93,8% do total, enquanto os acessos analógicos caíram 26,8%, ficando com apenas 3,4% do total.
Entretanto, o número de postos públicos de telefonia experimentou uma queda significativa de 27,8%, totalizando cerca de 7,2 mil postos. O tráfego gerado por esses postos também diminuiu, registrando uma queda de 14,0%, sendo que desde 2016, o tráfego nesse segmento já caiu 85,7%. Essa redução é atribuída à migração para chamadas móveis e outras formas de comunicação pela Internet.
No que diz respeito à portabilidade numérica, foram cerca de 1,9 milhões de números geográficos portados até o final do quarto trimestre de 2024, com um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. O tráfego originado na rede fixa caiu 9,3%, com uma diminuição particularmente acentuada nas chamadas fixo-fixo.
Em média, cada acesso consumiu 36 minutos por mês, uma redução de 4 minutos em relação ao trimestre anterior. Quanto às quotas dos operadores, a MEO manteve-se na liderança com 41,8% dos clientes de acesso direto, seguida pelo Grupo NOS com 34,1% e a Vodafone com 21,1%. A MEO e a Vodafone registraram leves aumentos em suas quotas em relação ao período homólogo, enquanto a quota do Grupo NOS sofreu uma leve queda.
Origem: Portal Consumidor Anacom