No final do terceiro trimestre de 2024, o mercado de serviços em pacote em Portugal registrou um aumento significativo no número de subscritores, alcançando 4,7 milhões, refletindo um crescimento de 97 mil novos clientes, o que equivale a uma alta de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A principal responsável por esse avanço foram as ofertas 4/5P, que viram um acréscimo de 174 mil subscritores, representando um aumento de 6,8%.
As ofertas 4/5P dominaram o mercado, acumulando 2,7 milhões de subscrições, o que corresponde a 57,6% do total. As ofertas 3P, por outro lado, contabilizaram 1,6 milhões de subscritores, apresentando o maior decréscimo anual desde 2015, com uma perda de 5,0%.
No segmento residencial, que concentra a maior parte dos subscritores, 86,8% dos clientes escolheram pacotes de serviços, sendo que 60,1% deste total optaram pelas ofertas 4/5P. O segmento não residencial, embora menor, mostrou uma preferência significativa por ofertas 2P, que totalizaram 23,1% das subscrições nesse segmento, em contraste com apenas 6,3% no residencial.
Analisando o acesso fixo, foi observado que cerca de 85,7% foram comercializados em pacote, com variações conforme o tipo de serviço. Para os acessos telefônicos fixos, 83,5% eram em pacote, enquanto acessos à Internet em local fixo e serviços de TV por subscrição apresentaram uma proporção ainda maior, de 96,4% e 98,1%, respectivamente. Em contrapartida, os acessos móveis assumiram uma menor expressão com 35,7% de ofertas em pacote.
Em termos de receita, de janeiro a setembro de 2024, as receitas provenientes de serviços pacotes totalizaram cerca de 1,679 milhões de euros, marcando um crescimento de 6,9% em comparação ao ano anterior. Este foi o crescimento anual mais modesto desde o final de 2022. As ofertas 4/5P representaram 68,4% das receitas em pacote, com uma receita média mensal por subscritor de 39,70 euros, refletindo um aumento de 4,5%.
No que diz respeito às quotas de mercado, a operadora MEO lidera com 41,8% dos subscritores de serviços em pacote, seguida pelo Grupo NOS com 35,0% e pela Vodafone com 20,6%. Comparadas ao trimestre anterior, a MEO e a Vodafone conseguiram ampliar suas quotas, enquanto o Grupo NOS e a NOWO experimentaram uma leve queda.
Assim, a MEO destacou-se não apenas em número de subscritores como também em receitas, apresentando a maior quota do mercado com 39,3%. O Grupo NOS, por sua vez, detém a maior participação nas receitas do segmento residencial, favorecendo suas ofertas 4/5P.
Esses dados indicam tendências importantes no setor de telecomunicações em Portugal, destacando o crescimento das ofertas pacotes e sinalizando mudanças nas preferências dos consumidores.
Origem: Portal Consumidor Anacom