No coração da Amazônia peruana, o rio Shanay-Timpishka, conhecido como “Rio Fervente”, tem chamado a atenção de cientistas e turistas devido às suas águas que atingem temperaturas surpreendentes de até 100ºC. Localizado na região de Mayantuyacu, este fenômeno natural se estende por cerca de 6,4 quilômetros e desafia as normas dos sistemas fluviais tradicionais. A trajetória até este rio exige uma viagem de carro e barco a partir da cidade de Pucallpa, revelando um cenário deslumbrante, mas também perigoso, uma vez que as altas temperaturas podem causar queimaduras graves a qualquer ser vivo que se aventure em suas águas.
Estudos sugerem que o calor do Shanay-Timpishka se origina de fontes termais geotérmicas, onde a água da chuva infiltra-se nas falhas geológicas e é aquecida pelo calor interno da terra. Este calor se acumula e retorna à superfície, criando um ambiente hostil para a vida aquática. As características do rio, que podem apresentar larguras de até 30 metros e profundidades de 4,5 metros em alguns trechos, tornam-no um local intrigante para os estudiosos que buscam compreender os efeitos das mudanças climáticas nas regiões tropicais do mundo.
Pesquisadores da Universidade de Miami afirmam que o ecossistema do Shanay-Timpishka pode fornecer informações valiosas sobre como as florestas tropicais poderão reagir ao aumento das temperaturas globais. Este rio, com suas águas ferventes, funciona como uma “janela para o futuro”, permitindo que cientistas analisem as adaptações necessárias das comunidades de plantas e árvores diante dos desafios climáticos que se avizinham. O fenômeno não é apenas uma curiosidade geológica, mas também um indicativo dos significativos desafios ambientais que as florestas tropicais enfrentam na era das mudanças climáticas.
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