Cerca de 42 milhões de pessoas enfrentam níveis críticos de insegurança alimentar em seis países da África Oriental, conforme alertado pela Igad no seu Foco Regional do Relatório Global 2025 sobre Crises Alimentares. A situação é particularmente alarmante no Sudão e no Sudão do Sul, onde o número de pessoas em risco de fome atinge cifras alarmantes. O relatório revelou que a insegurança alimentar aguda triplicou desde 2016 em diversas áreas, enquanto Uganda se destacou por não ter visto um aumento significativo.
De acordo com a FAO, as previsões indicam uma estação de chuvas desfavorável na região, o que pode agravar ainda mais a situação. A coordenadora sub-regional interina da FAO ressalta a necessidade de proteger os meios de subsistência rurais através de investimentos em agricultura sustentável como formas de construir resiliência.
O diretor regional do PAM também expressou preocupações sobre a magnitude da crise, destacando que a construção de resiliência nas comunidades é essencial para reduzir a dependência da ajuda humanitária. Os conflitos, os desafios econômicos e as variações climáticas são fatores que ameaçam a segurança alimentar, interligando-se em um ciclo de vulnerabilidade.
Além disso, a situação dos deslocados na região é alarmante. No final de junho, a Igad registrou 23,2 milhões de pessoas vivendo em deslocamento forçado, refletindo uma das mais graves crises humanitárias do mundo. A integridade e a segurança alimentar dos deslocados são especialmente fragilizadas, dada a sua dependência da assistência externa.
A Igad enfatiza a urgência de unir esforços entre os países para enfrentar esses desafios interligados e promover a resiliência e a paz na região. Promover soluções sustentáveis e abordar as causas fundamentais da vulnerabilidade são passos cruciais para melhorar as condições de vida das populações afetadas.
Origem: Nações Unidas
