Após uma carreira destacada no jornalismo, Valdivia Beauchamp decidiu direcionar sua trajetória para o universo das ficções históricas. Em entrevista ao Podcast ONU News, a jornalista, que já cobriu o Congresso Nacional e embaixadas na Capital Federal, revelou que sempre teve uma forte conexão com a televisão, onde encontrou espaço para o improviso. Durante seu tempo na mídia, Valdivia teve o privilégio de entrevistar figuras proeminentes da política internacional, como Jimmy Carter e Giscard d’Estaing, experiências que enriqueceram sua paixão pela literatura.
Nascida no Recife e vivendo nos Estados Unidos durante os anos 60, Valdivia retornou ao Brasil na década de 70. Antes de se firmar no jornalismo, atuou como coordenadora cultural na Embaixada dos EUA. Ela recorda de momentos marcantes, como sua espontânea definição de Billy Graham como “CEO da Fé” durante uma entrevista. Sua carreira inclui passagens pela extinta TV Tupi e pela Revista Manchete, consolidando sua reputação como uma profissional inovadora e criativa.
A repórter aproveitou uma oportunidade singular no final dos anos 80, quando trabalhou em rádio e TV na pequena ilha de Fernando de Noronha, que contava com apenas 200 habitantes e ausência total de cobertura telefônica. Com a instalação de uma rede telefônica, seu programa rapidamente se tornou um sucesso, permitindo que a comunidade se conectasse de maneiras inesperadas.
Recentemente, Valdivia voltou sua atenção para a literatura. Sua obra “Parnamirim, Base Norte-Americana nos Trópicos – 1939-1945. Uma História Inclusiva” explora a história pouco divulgada da base militar dos EUA em Natal, Rio Grande do Norte, durante a Segunda Guerra Mundial. A autora destaca a falta de informação sobre o tema, tanto em bibliotecas norte-americanas quanto internacionais, questionando a omissão histórica.
Além de escrever, Valdivia também se dedica a apoiar escritoras iniciantes, promovendo cursos e workshops para compartilhar seu conhecimento e experiência. Com seu mestrado em Literatura Espanhola Medieval, ela busca empoderar outras mulheres no mercado editorial. A trajetória de Valdivia Beauchamp, entrelaçando jornalismo e literatura, reflete um compromisso com a narrativa histórica e o fortalecimento de vozes femininas na escrita.
Origem: Nações Unidas
			
                                



							

