As poupanças das famílias em Portugal atingiram um novo pico, com os novos depósitos a prazo a somarem 128,4 mil milhões de euros em 2024, um aumento significativo de 45% em relação ao ano anterior. Este valor representa o maior volume de depósitos da série histórica do Banco de Portugal, que iniciou em 2003. A tendência de elevação dos depósitos reflete, em grande parte, a reaplicação de montantes que antes estavam em depósitos a prazo não renovados automaticamente.
Apesar do crescimento no volume de depósitos, as taxas de juro associadas a estes continuam a registar uma queda acentuada. A remuneração média dos novos depósitos reduziu-se de 3,08% em dezembro de 2023 para 2,16% em dezembro de 2024. Esta desaceleração na taxa de juro afetou todos os tipos de depósitos, especialmente os com prazo até um ano, que representam 97% do total, e que passaram de uma média de 3,10% para 2,18% no mesmo período.
Portugal destaca-se como um dos países da área do euro com a maior redução das taxas de juro médias para novos depósitos a prazo, ocupando agora a sexta posição em termos de menor taxa. O Banco de Portugal observou que a diminuição nas taxas em Portugal foi mais pronunciada do que a média do euro, que se situa em 2,61%. Com essa evolução, o país parece enfrentar um dilema onde, enquanto as famílias buscam rentabilizar suas economias, devem lidar com uma remuneração cada vez menos atrativa para os seus depósitos.
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