O ano de 2025 tem revelado um panorama dinâmico no setor de crédito habitação em Portugal, com uma concessão robusta de novos empréstimos, especialmente nas modalidades de taxa mista. Os jovens, impulsionados por medidas governamentais como a garantia pública e a isenção do IMT, têm sido os protagonistas neste cenário, elevando ainda mais o número de aquisições. No entanto, em meio a um ambiente predominantemente positivo, surgem também alterações significativas, como o leve aumento das taxas Euribor começando no verão, o que, embora tenha impactado de forma modesta as prestações dos empréstimos, reflete uma possível mudança nas condições financeiras futuras.
As taxas Euribor, que vinham em queda, deixaram de apresentar os mesmos índices de baixa ao ingressar na segunda metade do ano. A partir de julho, os valores começaram a subir, culminando em um aumento da taxa a 12 meses para 2,217% em novembro. Este fenômeno ocorreu em um contexto em que o Banco Central Europeu decidiu manter os juros diretivos estáveis, sinalizando uma stabilização nas suas políticas monetárias. Com a inflação controlada e as perspectivas econômicas melhorando, o futuro dos juros para 2026 permanece incerto, proporcionando um campo fértil para as discussões sobre a trajetória dos créditos habitação.
Além do aumento na procura por crédito habitação, que alcançou novos máximos em outubro, também se observou uma diminuição nas renegociações e amortizações antecipadas. As famílias, sentindo-se mais confortáveis com as prestações atuais, têm optado menos por renegociar seus contratos, o que se reflete em números que mostram um decréscimo significativo nos montantes de renegociações e amortizações. Este cenário é notório, principalmente em um momento em que a intervenção do Banco de Portugal sob a nova liderança busca garantir uma maior robustez do sistema financeiro frente a possíveis crises habitacionais.
Ler a história completa em Idealista Portugal






