No último ano, as cidades portuguesas de Lisboa e do Porto apresentaram um aumento significativo de 8,5% nas camas disponíveis para estudantes, resultando em cerca de 1.500 novas unidades. A maior parte dessa oferta provém de projetos privados, embora a taxa de cobertura atual ainda esteja muito abaixo da média europeia, que é de 12%. Este cenário evidencia a crescente demanda por alojamento estudantil, que continua a superar a capacidade existente nas duas principais cidades de Portugal.
Segundo um relatório da Cushman & Wakefield (C&W), as rendas para residências estudantis devem aumentar em média 9% no próximo ano letivo, tanto em Lisboa quanto no Porto. O estudo, que se concentra em empreendimentos com mais de 100 camas, destaca a consolidação do mercado de alojamento para estudantes no país, com uma procura em crescimento acentuado. Ana Gomes, especialista da C&W, ressalta que, apesar do aumento no número de camas, a demanda ainda é maior do que a oferta, o que gera pressão sobre os preços e atrai investimentos para o setor.
Adicionalmente, a pesquisa da C&W revela que o prestígio crescente das universidades portuguesas e a atratividade do país atraem mais estudantes internacionais. Embora as residências públicas estejam predominantemente em cidades secundárias, Lisboa e Porto já possuem uma oferta privada superior. Com a escassez de moradias tradicionais para estudantes, muitos se veem obrigados a optar por opções privadas. Apesar das dificuldades de expansão, espera-se que a construção de novas camas continue, especialmente em Lisboa, onde a pressão do mercado é mais intensa devido ao número elevado de estudantes.
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