Em Portugal, a tendência de queda nas taxas de juro dos créditos à habitação continua a ser uma realidade, com valores que chegaram a 3,307% em agosto. Este declínio é notável, uma vez que já se observa há mais de um ano. Contudo, as prestações mensais para os mutuários não apresentaram alteração significativa, refletindo a crescente adesão a taxas mistas e o aumento do montante devido aos bancos em um cenário de preços de imóveis em alta.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro implícita nas contratações de crédito à habitação diminuiu, apresentando uma queda de 7,8 pontos base em relação a julho. Mesmo com a redução das taxas, o valor médio das prestações mensais estabilizou em 394 euros, semelhante ao mês anterior. Este valor deveria ser analisado com a compreensão de que mais de 50% dele se refere ao pagamento de juros, o que denota uma situação particular no contexto do mercado imobiliário.
Além disso, os dados indicam que, apesar das novas contratações de crédito à habitação apresentarem taxas em torno de 2,883%, as prestações médias para estes contratos subiram significativamente. Com um aumento de 16 euros, o valor fixou-se em 651 euros, evidenciando que as reduções nas taxas não foram suficientes para compensar o impacto dos preços crescentes dos imóveis e do aumento do capital em dívida. Este fenômeno é um reflexo das condições atuais do mercado, onde a competitividade e o suporte governamental para jovens compradores estão moldando o cenário habitacional.
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