No contexto do avanço tecnológico dos smartphones, um novo relatório da Counterpoint Research revela que os processos de fabricação de 3nm e 2nm representarão cerca de um terço das vendas globais de SoCs (System on Chip) para dispositivos móveis até 2026. Essa mudança é impulsionada pela crescente demanda por inteligência artificial generativa (GenAI), jogos imersivos e conteúdo em alta resolução, que exigem maior densidade de transistores e eficiência energética.
A Apple lidera essa transição, sendo a primeira a adotar o processo de 3nm da TSMC, utilizado no chip A17 Pro do iPhone 15 Pro em 2023. Espera-se que mais de 80% do portfólio da Apple utilize 3nm em 2025, consolidando sua posição como pioneira na tecnologia. Em 2026, a companhia, junto com Qualcomm e MediaTek, fará a transição para os chips de 2nm, marcando o início de uma nova era para o desempenho móvel.
Apesar do avanço para os novos nós, os processos de 5/4nm continuarão a ser os mais utilizados em smartphones em 2026, especialmente em dispositivos de gama média, devido ao seu equilíbrio entre custo e desempenho. Os chips 5G de entrada, por exemplo, migrarão do nó de 7/6nm para o 5/4nm.
A TSMC, maior fabricante de semicondutores do mundo, solidifica sua posição com previsão de controlar cerca de 87% dos envios de SoCs fabricados em nós de 5nm ou inferiores até 2025. O domínio da TSMC é impulsionado pela confiança de empresas como Apple e Qualcomm, apesar dos desafios enfrentados pela Samsung Foundry, que ainda luta com problemas de desempenho.
A integração de inteligência artificial nos dispositivos é um motor crucial nessa evolução, com a necessidade de capacidades de IA locais, sem depender da nuvem, levando à adoção de processadores mais avançados. Parv Sharma, analista sênior da Counterpoint, destacou que a TSMC começará a produção em massa de 2nm em 2026, inicialmente focando em SoCs premium.
Concluindo, a corrida por processos de fabricação abaixo de 3nm não é apenas uma busca por eficiência, mas uma batalha estratégica pelo futuro da computação móvel. Com a TSMC na liderança, Apple e Samsung competindo por espaço, os próximos anos serão determinantes para moldar o futuro dos smartphones, que prometem ser não apenas mais rápidos, mas também mais inteligentes e eficientes.