Os 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU se reúnem nesta quarta-feira para discutir a complexa e preocupante situação política no Sudão. Desde abril de 2023, a nação africana enfrenta um intenso conflito entre as forças do governo e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF). A crise se agravou com o recente anúncio dos paramilitares e grupos armados sobre a criação de uma carta política que visa estabelecer uma “autoridade governamental” nas áreas sob seu controle.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que a escalada do conflito não apenas fragmenta o Sudão, mas também representa um risco significativo para a estabilidade da região africana. Ele enfatizou a necessidade de preservar a unidade e integridade territorial do país como passos essenciais para uma resolução pacífica e duradoura do conflito.
Além das questões políticas, a crise humanitária no Sudão continua se intensificando, com mulheres, crianças e homens sendo particularmente afetados pela violência em curso. O enviado especial de Guterres ao Sudão, Ramtane Lamamra, está atualmente engajado em diálogos com os envolvidos no conflito na esperança de alcançar um cessar-fogo e garantir a segurança dos civis.
A situação das instalações de saúde no país também é alarmante, com muitos centros sendo atacados e riscos de surtos de doenças aumentando. Atualmente, há um surto de cólera em andamento, com mais de 1,6 mil casos notificados e 63 mortes registradas. Para combater esta emergência de saúde pública, as agências da ONU planejam vacinar mais de um milhão de pessoas contra a cólera.
Lamamra deverá participar da reunião do Conselho de Segurança e discutir as medidas urgentes necessárias para mitigar a crise e proteger a população sudanesa. A reunião ocorre em um momento crucial, dada a crescente insegurança e a necessidade urgente de ajuda humanitária nas áreas mais afetadas pelo conflito.
Origem: Nações Unidas