As Nações Unidas relataram um aumento na tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela devido à presença militar americana em águas internacionais, com o objetivo de impedir que carregamentos de drogas venezuelanas entrem no território americano. Miroslav Jenca, secretário-geral-assistente da ONU para Assuntos Políticos, fez essa afirmação em meio a operações que começaram em agosto, no sul do Caribe, próximas à costa da Venezuela.
O governo dos Estados Unidos defende que suas ações são essenciais para responsabilizar os traficantes de drogas. Jenca, no entanto, enfatizou a importância de um diálogo pacífico entre os países para encontrar uma solução para o problema das drogas.
No final de agosto, o embaixador da Venezuela na ONU solicitou uma reunião com António Guterres para expressar as preocupações sobre a mobilização militar americana. Essa mobilização se intensificou após um incidente em que uma embarcação venezuelana foi atacada, resultando na morte de pelo menos 11 pessoas. Apesar das afirmações da ONU de que pelo menos 21 mortes ocorreram, a organização não conseguiu verificar a localização exata desses eventos.
Em resposta à situação, o governo venezuelano declarou um estado de alerta elevado, afirmando que, embora não deseje uma escalada de conflitos, está preparado para defender sua soberania. O presidente Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de membros da Milícia Bolivariana para apoiar as Forças Armadas. As Nações Unidas reiteraram seu apelo para que ambas as partes reduzam as tensões e busquem um caminho de diálogo, oferecendo ajuda na mediação.
Origem: Nações Unidas
