Neste mês de julho, a situação na Ucrânia se agravou drasticamente, com 139 civis mortos e 791 feridos devido à intensificação de ataques com mísseis e drones por parte da Rússia. As informações foram reveladas pela porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Liz Throssell.
Em um ataque específico na noite de 12 de julho, as Forças Armadas russas utilizaram 597 drones “suicidas” e 26 mísseis. Esse ataque noturno e outros similares têm causado danos significativos à infraestrutura civil em várias áreas do país, incluindo regiões afastadas da linha de frente, evidenciando a extensão do impacto desses confrontos.
No dia 9 de julho, um número recorde de 728 drones de longo alcance atingiu o território ucraniano. Os dados da ONU mostram que junho teve o maior número de vítimas civis nos últimos três anos, com 232 mortos e 1.343 feridos.
Throssell enfatizou o “sofrimento insuportável” que essas ofensivas impõem à população, que se vê obrigada a procurar abrigo por longos períodos em porões e estações de metrô. Crianças, idosos e pessoas com deficiência são os mais afetados, enfrentando não só danos físicos, mas também severos traumas psicológicos.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, pediu um cessar-fogo imediato e destacou a necessidade de responsabilidade por violações do direito internacional. Ele enfatizou a importância de focar em medidas que protejam os civis, propondo a devolução de crianças transferidas à força e a criação de corredores humanitários.
Além disso, desde o início do mês, o Escritório de Direitos Humanos tem entrevistado prisioneiros de guerra ucranianos libertados, muitos dos quais relataram terem sofrido torturas durante o cativeiro, incluindo espancamentos e violência sexual. Essas alegações corroboram os relatos de tortura generalizada e sistemática, levando as autoridades ucranianas a iniciar investigações sobre essas práticas. A comunidade internacional continua a acompanhar de perto a situação, pressionando por uma solução pacífica e a preservação dos direitos humanos na região.
Origem: Nações Unidas