Um funcionário do Escritório da ONU de Serviços para Projetos (Unops) perdeu a vida na manhã desta quarta-feira em Gaza, após uma explosão no local onde se encontrava, em Deir al Balah. A agência, em comunicado, indicou que, além do fatalidade, outras cinco pessoas ficaram feridas, várias delas em estado grave.
A explosão ocorreu dentro do edifício que abriga a acomodação do Unops, já danificado por bombardeios ocorridos no dia anterior. Informações preliminares sugerem que uma munição explosiva foi lançada ou disparada em direção à estrutura, resultando na detonação. É importante destacar que o prédio havia sido classificado como um local seguro em comunicações com as Forças de Defesa de Israel.
Ainda não há clareza sobre a natureza do artefato explosivo, não sendo possível determinar se se tratou de uma bomba de aviões, artilharia ou foguete. O Unops deixou claro que o incidente não foi resultado de tentativas de remoção de munições não detonadas.
Em suas declarações, o diretor-executivo do Unops, Jorge Moreira da Silva, reafirmou que o que ocorreu não pode ser considerado um acidente, mas sim um grave incidente. Ele expressou seu choque e profunda tristeza, ressaltando que trabalhadores e instalações da ONU nunca devem ser alvos em contextos de conflito.
Moreira da Silva enviou suas condolências a todos os afetados pela tragédia e reiterou o pedido da ONU pela restauração do cessar-fogo, com o intuito de viabilizar a assistência humanitária e a libertação incondicional dos reféns capturados pelo Hamas. O diretor-executivo ainda apontou que ataques a locais humanitários configuram uma violação do direito internacional, ressaltando a necessidade de proteção para o pessoal da ONU e suas instalações em todos os lados do conflito. Ele também destacou que, em tempos de “tragédia e devastação total”, a população civil depende da assistência da ONU.
Origem: Nações Unidas