Em janeiro e fevereiro de 2023, o indicador de confiança dos consumidores apresentou uma leve alta, refletindo a avaliação positiva dos cidadãos sobre a situação financeira atual e suas expectativas futuras. Este aumento foi alimentado, principalmente, por opiniões otimistas sobre a evolução financeira das famílias. Entretanto, após um aumento em janeiro, o saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços caiu em fevereiro. Em contraste, as expectativas em relação ao futuro dos preços mostraram um crescimento, alcançando o nível mais alto desde dezembro do ano anterior.
Por outro lado, o indicador de clima econômico enfrentou uma queda nos mesmos meses, interrompendo a tendência de alta que vinha desde setembro do ano passado. Nas áreas de Comércio, Indústria Transformadora e Construção e Obras Públicas, os indicadores de confiança apresentaram uma melhoria, enquanto o setor de Serviços registrou um declínio significativo.
No Comércio, a confiança dos empresários foi impulsionada por boas perspectivas de atividade e pelas percepções positivas sobre os níveis de estoque. No entanto, na Indústria Transformadora, apenas as percepções sobre a demanda global tiveram um impacto positivo. Já no setor da Construção, a confiança aumentou, especialmente devido às expectativas de emprego favoráveis. Em contrapartida, o setor de Serviços viu uma diminuição expressiva nos indicadores de confiança, resultado de avaliações negativas em relação à carteira de encomendas e à atividade empresarial.
Finalmente, no que diz respeito às expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda, foram observadas diminuições em fevereiro nos setores de comércio, serviços e construção, enquanto a indústria registrou um aumento pelo terceiro mês consecutivo. Essa diversidade na evolução dos indicadores de confiança reflete um panorama econômico em transição, com áreas em ascensão e outras enfrentando desafios.
Origem: Instituto Nacional de Estatística