Na última sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, a Cloudflare, uma das principais infraestruturas de internet do mundo, sofreu uma queda significativa que resultou em erros 502 (Bad Gateway) em diversos sites, causando um impacto global. A falha, que começou no início da tarde e se prolongou por várias horas, afetou tanto páginas da web quanto serviços online que dependem da rede da empresa. A situação gerou uma onda de reclamações nas redes sociais, reminiscentes de um apagão incomum.
O episódio ocorre em um contexto de vulnerabilidades recentes da Cloudflare, que inclui falhas anteriores em 18 de novembro e 5 de dezembro de 2025. A primeira delas durou mais de duas horas e resultou em interrupções significativas devido a um erro na geração de um arquivo de funcionalidades. Já a segunda, embora breve, impactou cerca de 28% do tráfego HTTP da Cloudflare, sendo provocada por alterações de segurança emergenciais.
Em resposta às falhas, a Cloudflare anunciou uma nova iniciativa interna chamada “Código Laranja: falhar pequeno”. O objetivo é mitigar os impactos de erros, promovendo mudanças na forma como a empresa gerencia suas configurações e garantindo que incidentes não se transformem em problemas globais. A empresa afirmou que este é um plano de máxima prioridade, permitindo que diferentes equipes trabalhem com mais colaboração e desviando esforços de iniciativas menos urgentes.
A Cloudflare reconheceu que a capacidade de implementar alterações globais rapidamente, uma de suas características principais, também gera riscos. O novo protocolo “Fail Small” visa tratar as alterações de configuração com o mesmo rigor reservado para atualizações de software, utilizando processos controlados que garantam que qualquer mudança significativa seja apropriada e testada.
Além disso, a empresa se comprometeu a melhorar formas de degradação da funcionalidade em caso de falhas, preferindo que um serviço imperfeito continue operando em vez de falhar completamente. Medidas de emergência, como procedimentos de “quebrar vidro” que elevam controidamente privilégios em situações críticas, também serão implementadas para garantir acesso a ferramentas necessárias durante incidentes.
A queda serve como um lembrete da centralização crescente em torno da Cloudflare no ecossistema de internet atual, onde a companhia cuida de cerca de 20% dos sites na web. Com o aumento do interesse da audiência em mídias digitais focadas em tecnologia, como Notícias Inteligência Artificial e RevistaCloud.com, a situação levanta um debate mais amplo sobre a resiliência e a dependência de poucos provedores na infraestrutura da internet.
A Cloudflare se compromete a apresentar resultados visíveis de suas melhorias até o final do primeiro trimestre de 2026, buscando evitar que futuras falhas se transformem em trending topics globais. A questão permanece: será que a próxima falha será contida ou se transformará em outro evento disruptivo de grandes proporções?






