No segundo trimestre de 2025, a ANACOM registrou aproximadamente 25,9 mil reclamações escritas contra operadores de comunicações, refletindo um aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2024. Esta tendência de alta, observada desde o início do ano, foi impulsionada principalmente pelas reclamações sobre comunicações eletrônicas, que apresentaram um aumento de 12%, totalizando 17,1 mil reclamações. Em contraste, as queixas sobre serviços postais diminuíram em 3%, somando 8,8 mil reclamações, o que representa 34% do total de reclamações.
O livro de reclamações eletrônicas se consolidou como o meio mais utilizado pelos consumidores, contabilizando 57% das queixas apresentadas, um aumento de 16% em relação ao segundo trimestre de 2024. O livro físico, utilizado em 35% das reclamações, continua a ver uma queda em sua utilização, acentuada por uma redução de 11% em comparação ao ano anterior.
Entre os operadores de comunicações, a Vodafone liderou em número absoluto de reclamações, com 5,4 mil queixas, correspondendo a 31% do total, e uma taxa de 1,9 reclamações por mil clientes. A NOS teve 4,8 mil reclamações, com uma diminuição de 16% e uma taxa de 1,7 reclamações por mil clientes. Já a MEO, embora tenha recebido 4,6 mil queixas, registrou um aumento de 18%, mas a menor taxa de reclamação, com apenas 1 reclamação por mil clientes.
A demora na reparação de falhas nos serviços foi o motivo mais reclamado, representando 20% das queixas em comunicações eletrônicas, um aumento significativo em relação ao ano anterior, o que pode ter sido influenciado pelo “apagão elétrico” ocorrido em abril de 2025. Também houve aumentos nas reclamações relacionadas a falhas nos serviços fixos e questões de faturamento.
Nos serviços postais, os CTT registraram 7,4 mil reclamações, equivalente a 82% do total do setor, mas com uma queda de 5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A DPD, com cerca de 600 reclamações, viu uma diminuição de 10%. O setor postal continua enfrentando queixas principalmente relacionadas à falta de tentativas de entrega domiciliar, representando 22% do total, com aumento em relação ao ano anterior.
Origem: Portal Consumidor Anacom