Recentemente, foi publicado um estudo que aborda a exposição ocupacional à radiação solar ultravioleta (UVR) entre trabalhadores em Lisboa, destacando a necessidade urgente de medidas preventivas. O artigo, intitulado “Occupational exposure to solar ultraviolet radiation among outdoor workers in Lisbon, 2023 – first results of the MEAOW study”, conta com a coautoria da meteorologista Fernanda Carvalho e foi disponibilizado na plataforma “Frontiers”.
A pesquisa revela que a exposição à UVR é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pele, algo que pode ser especialmente preocupante em regiões como Lisboa, onde o índice UV é elevado durante grande parte do ano. Apesar da relevância do tema, a escassez de dados objetivos sobre a exposição à radiação solar neste contexto é evidente.
O estudo não só mede a exposição de trabalhadores em profissões frequentemente negligenciadas, como asfaltadores e jardineiros, como também indica que o limite ocupacional estabelecido foi ultrapassado na maioria das categorias analisadas. A exceção foi a dos calceteiros, que apresentaram níveis de exposição abaixo do limite recomendado.
Com esses achados, os autores do estudo enfatizam a urgência de implementar campanhas de prevenção personalizadas e eficazes, cujo foco deve ser educar os trabalhadores sobre os riscos associados à exposição prolongada à UVR, visando assim reduzir as taxas de câncer de pele entre os trabalhadores ao ar livre.
Origem: Instituto Português do Mar e da Atmosfera






