O montante investido em certificados de aforro em Portugal atingiu um novo recorde em janeiro de 2024, subindo 3,2% em relação ao ano anterior, totalizando impressionantes 35.125 milhões de euros. Essa marca inédita representa o quarto mês consecutivo de crescimento para esses instrumentos financeiros, conforme revelado pelas estatísticas divulgadas pelo Banco de Portugal (BdP). Em comparação com o mês de dezembro de 2023, o ‘stock’ de dívida teve um aumento líquido de 1.082 milhões de euros, refletindo o crescente interesse dos investidores em busca de alternativas seguras no atual cenário econômico.
A alta procura por certificados de aforro foi inicialmente impulsionada pela elevação das taxas Euribor. No entanto, o apelo desses certificados diminuiu após a introdução da ‘série F’ com uma taxa de juro inferior à da ‘série E’, que estava em circulação até junho de 2023. Apesar dessa mudança, os investidores mostraram resiliência, compensando a redução de interesse em certificados do tesouro, que sofreram uma queda significativa no mesmo período. Esta reversão demonstra uma adaptação do mercado financeiro frente às mudanças nas condições das taxas de juro.
Enquanto isso, os dados do BdP evidenciam que o valor investido em certificados do tesouro (CT) caiu para 9.587 milhões de euros em janeiro, o que representa uma diminuição de 155 milhões de euros em relação ao mês anterior e uma queda de 11,5% em comparação ao mesmo mês de 2023. Este declínio no investimento em CT, que tem sido uma tendência desde outubro de 2021, reflete a contínua reavaliação dos investidores sobre suas opções de aplicação e destaca a busca por segurança em um contexto de incertezas econômicas. Em contraste, a história mostra que os valores baixos de investimento em certificados de aforro, no auge da crise económica, foram bem diferentes dos atuais, marcando um retorno à confiança dos investidores.
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