A economia de Timor-Leste poderá registrar um crescimento de 3,9% em 2023, impulsionada pela expansão fiscal e pelo aumento significativo do crédito. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que esse ritmo de crescimento possa diminuir para 3,3% em 2024. Segundo a análise da instituição, a inflação vem mostrando uma queda acentuada e deve continuar em desaceleração até dezembro, com uma média de 0,9% para este ano e aumento para 1,8% até 2026.
O FMI recomenda que o país busque maior eficiência e prudência na utilização das reservas do Fundo do Petróleo, visando sustentar o crescimento e garantir a estabilidade macroeconômica. Com a aplicação dessas sugestões, seria possível elevar os padrões de vida e manter a sustentabilidade fiscal da nação.
A proposta também sugere que o orçamento de 2026 priorize investimentos em capital físico e humano, focando em áreas como saúde e educação. Além disso, o FMI enfatiza a importância de implementar reformas financeiras e fiscais que podem acelerar o desenvolvimento do setor privado e tornar os gastos públicos mais eficazes.
Timor-Leste conta com boas reservas financeiras e uma demografia favorável, mas o FMI adverte que a economia ainda é pouco diversificada e enfrenta elevados desequilíbrios fiscais e externos. A instituição também menciona os esforços do país para uma maior integração econômica, especialmente com a adesão à Organização Mundial do Comércio e futuras relações com a Associação de Nações do Sudeste Asiático.
Essas recomendações estão alinhadas com a agenda de reformas do governo timorense, que busca avançar na criação de um ambiente econômico mais robusto. O FMI defende que as reformas propostas são consistentes com o plano de despesas do governo central, estimado em cerca de US$ 1,85 bilhão para o próximo ano.
Origem: Nações Unidas