Vários autarcas da Grande Lisboa expressaram preocupações significativas em relação à conclusão de projetos de habitação sob o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), especialmente com o prazo para a finalização das obras a expirar em pouco mais de um ano. Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada, destacou a ineficiência do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) em responder às candidaturas, apontando que apenas 29% das propostas apresentadas obtiveram resposta. Essa morosidade está a impedir os autarcas de cumprir seus compromissos com os cidadãos, o que gerou críticas durante a XII edição da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa.
Os autarcas, como Sónia Paixão de Loures, sublinharam a urgência em obter respostas sobre as candidaturas para que possam avançar com suas estratégias habitacionais antes do prazo final em junho de 2026. Muitos deles, como Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, sentiram-se pressionados pela responsabilidade de financiar as obras antes de receber o apoio prometido pelo PRR, o que consideraram um “engano”. Além de Lisboa, autarquias como Cascais e Vila Franca de Xira também enfrentam desafios semelhantes com a aprovação de candidaturas e a falta de recursos por parte do IHRU.
A situação foi reconhecida pelo novo presidente do IHRU, Benjamim Pereira, que admitiu as deficiências na estrutura da instituição e a necessidade de mais recursos humanos e tecnológicos. A vereadora de Habitação de Lisboa, Filipa Roseta, criticou a centralização das aprovações no IHRU, sugerindo que o país deve evitar cometer os mesmos erros no futura planos habitacionais. As discussões entre os autarcas e a necessidade de uma revisão legislativa abrangente refletem o desejo de simplificar processos e assegurar que os projetos de habitação possam avançar sem mais obstáculos.
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