Um novo relatório das Nações Unidas evidencia um aumento alarmante nas violações contra crianças, com uma elevação de 25% nos incidentes globalmente somente no último ano. O estudo, apresentado pela representante especial do secretário-geral para Crianças e Conflitos Armados, documenta 11.967 casos verificados de assassinatos, mutilação, negação de acesso humanitário, recrutamento e uso de menores, além de sequestros.
Os dados destacam Israel e os Territórios Palestinos como locais com o maior número de violações, somando 8.554 casos. A lista continua com a República Democrática do Congo (4.043), Somália (2.568), Nigéria (2.436) e Haiti (2.269). O Líbano apresenta a maior alta percentual, com 545%, seguido por Moçambique (525%) e Haiti (490%).
O relatório, que abrange o período de agosto de 2024 a julho deste ano, revela uma realidade sombria em que as crianças são severamente afetadas pelos conflitos, enfrentando a fome, deslocamento e até morte. Najat Maalla M’jid, representante especial interina, enfatiza a urgência em garantir paz e estabilidade duradouras para proteger esse grupo vulnerável.
Além disso, a abordagem da ONU inclui parcerias com partes em conflito, resultando em protocolos para a transferência de crianças para autoridades civis em regiões como a República Centro-Africana e o Iémen. Mais de 220 mil menores já foram libertados das forças e grupos armados, demonstrando esforços significativos na proteção infantil.
A campanha “Prove que importa”, lançada em março, visa mobilizar a comunidade internacional em apoio à Convenção sobre os Direitos da Criança, destacando a importância de ouvir as vozes dessas crianças. O relatório conclui com um apelo para que os recursos destinados à proteção infantil sejam mantidos e reforçados, dado o aumento das necessidades humanitárias e de proteção.
Origem: Nações Unidas