O Escritório de Direitos Humanos da ONU celebrou a decisão do comitê do Prêmio Nobel da Paz ao conceder a honraria a María Corina Machado, ativista da oposição na Venezuela. Apesar de ser barrada de participar das eleições presidenciais de 2024, que levaram à reeleição de Nicolás Maduro, a política é reconhecida por seu “trabalho incansável” em prol dos direitos democráticos.
O porta-voz do Escritório, Thameen Al-Kheetan, destacou que a premiação reflete as aspirações do povo venezuelano por eleições livres, direitos civis e o respeito ao Estado de direito. Ele expressou felicitações à vencedora, enfatizando a importância do prêmio em reconhecer contribuições essenciais para a humanidade.
Machado, de 58 anos, vive em condições de ocultação no país, recusando-se a sair apesar das ameaças. Sua prisão em janeiro, após um comício da oposição, foi seguida por sua rápida libertação graças à pressão internacional. Ao receber a notícia do prêmio, ela afirmou que se trata de uma “conquista de toda uma sociedade”.
As preocupações sobre abusos de direitos humanos na Venezuela foram enfatizadas por peritos independentes e pelo alto comissário de Direitos Humanos, Volker Turk. Investigadores relataram a prática de detenções ilegais e incomunicáveis de opositores políticos, alertando que isso pode ser considerado uma grave violação dos direitos humanos.
Além disso, eventos em dezembro de 2024 foram marcados pelo uso excessivo da força durante protestos, resultando em pelo menos 28 mortos. Em resposta, a Assembleia Nacional Venezuelana declarou Turk e sua equipe como persona non grata, dificultando a atuação da ONU no país.
Origem: Nações Unidas
