A Assembleia Geral das Nações Unidas reiterou, nesta quarta-feira, seu pedido para o fim do embargo econômico e comercial imposto pelos Estados Unidos a Cuba. Este é o trigésimo terceiro pedido desde 1992, quando a maioria dos Estados-membros se manifestou contra a medida.
O embargo, que começou em 1960, foi intensificado em momentos-chave da história e ampliado para terceiros países a partir de 1992, quando a Assembleia fez sua primeira solicitação oficial para seu término. Com uma votação que demonstrou ampla maioria, a resolução recebeu 165 votos favoráveis, 12 abstenções e apenas 7 votos contrários, representados pelos Estados Unidos, Israel, Hungria, Argentina, Macedônia do Norte, Paraguai e Ucrânia. Essa votação refletiu uma alteração significativa em relação ao ano anterior, quando Cuba recebeu apoio unânime da América Latina, Caribe e da totalidade dos Estados membros da União Europeia.
Analisando as votações ao longo dos anos, em 2024, a resolução já contava com 187 votos a favor, com apenas dois votos negativos (dos Estados Unidos e Israel) e uma abstenção (Moldávia). Neste ano, as abstenções vieram de países como Albânia, Bósnia e Herzegovina, Costa Rica, Chéquia, Equador, Estônia, Letônia, Lituânia, Marrocos, Moldávia, Romênia e Polônia.
Intitulada “Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba” (A/80/L.6), a resolução apresentada por Cuba baseia-se no relatório do Secretário-Geral. O texto refirma princípios como a igualdade soberana dos Estados, a não intervenção e a liberdade de comércio e navegação internacionais.
Além disso, o documento expressou preocupação em relação a leis de caráter extraterritorial, como a “Lei Helms-Burton”, promulgada em 1996, indicando que suas consequências afetam a soberania de outras nações e os interesses legítimos de entidades sob suas jurisdições. A resolução apela para que todos os países evitem adotar medidas semelhantes e solicite ao secretário-geral que elabore um relatório sobre o cumprimento da resolução, a ser apresentado na 81ª sessão da Assembleia Geral.
Origem: Nações Unidas

