Mais de 6 mil representantes de 180 países, incluindo 79 ministros e 35 vice-ministros, estão congregados em Nairobi, Quênia, para a 7ª sessão da Assembleia Ambiental da ONU, que começou na última segunda-feira e se estenderá até o dia 12 de dezembro. Este encontro tem como objetivo principal discutir e definir prioridades para políticas ambientais globais, em um momento considerado crítico devido às crescentes ameaças das mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição, que ameaçam os sistemas naturais do planeta e, por consequência, a vida humana.
Durante a assembleia, serão debatidos 15 projetos de resolução que abordarão uma variedade de questões, desde a preservação das geleiras até formas de mitigar o impacto ambiental da inteligência artificial. Embora as resoluções não tenham caráter legalmente vinculativo, elas são fundamentais para facilitar o diálogo entre os países e, no passado, já contribuíram para importantes acordos internacionais.
A diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Inger Andersen, ressaltou a urgência do encontro, afirmando que os desafios ambientais estão se intensificando. Ela alertou que a temperatura global deve ultrapassar os 1,5°C na próxima década, e que ecossistemas estão sob grave risco de extinção, enquanto poluentes continuam a afetar a qualidade do ar, água e solo. Andersen também destacou a complexidade das atuais relações geopolíticas, que adicionam uma camada de tensão aos esforços multilaterais, mas reafirmou a necessidade comum de um ambiente seguro e sustentável.
A discussão se concentrará em três áreas principais: a importância da sustentabilidade ambiental para a indústria, as finanças globais e a saúde humana. No penúltimo dia da assembleia, ocorrerá um segmento de alto nível onde o presidente do Quênia, William Ruto, e outros líderes mundiais se dirigirão aos participantes, enfatizando a relevância global do evento. Além disso, o Pnuma aproveitará a ocasião para lançar a sétima edição de sua Perspectiva Global de Meio Ambiente e reconhecer cinco líderes em inovação climática como Campeões da Terra para 2025.
Origem: Nações Unidas





