Apple fechou seu quarto trimestre fiscal de 2025, encerrado em 27 de setembro, com um desempenho que reforça sua recuperação. A empresa registrou vendas líquidas de 102,466 bilhões de dólares, um aumento de 8% em relação ao ano anterior, além de um lucro por ação (LPA) diluído de 1,85 dólares. Este resultado marca um recorde de receitas para um trimestre de setembro e foi impulsionado por marcas históricas tanto em iPhone quanto em Serviços, chegando com um portfólio renovado em quase todas as linhas de produtos para a campanha de Natal.
Os números mostram um panorama claro: os Serviços cresceram a dois dígitos, melhorando a margem global; o segmento Mac teve um repique; o iPad permaneceu estável; e os Wearables mostraram estabilização, enquanto o iPhone voltou a impulsionar o resultado total. No que diz respeito à performance regional, a Europa apresentou crescimento robusto, as Américas mostraram avanços sólidos, a região da Ásia-Pacífico subiu, mas a China ainda está em fase de ajuste.
O trimestre evidenciou um lucro bruto de 48,341 bilhões e um resultado operacional de 32,427 bilhões. O lucro líquido subiu de 14,736 bilhões para 27,466 bilhões em comparação ao ano anterior, embora esse salto tenha sido influenciado por um encargo fiscal não recorrente de 2024. Se considerarmos a base comparativa do LPA ajustado do quarto trimestre de 2024, o LPA diluído aumentou cerca de 13% anualmente.
Os dados de vendas por categoria também revelam que os Serviços continuam sendo o motor mais estável, seguidos por iPhone e Mac. O iPad permaneceu inalterado, enquanto o segmento de Wearables, Casa e Acessórios mantiveram-se praticamente sem mudanças. A mescla de produtos favorece a margem, já que os Serviços contribuem com receitas recorrentes e oferecem uma rentabilidade estruturalmente superior à do hardware.
No cenário global, a Europa liderou em crescimento relativo, enquanto a China ainda ajusta suas vendas, e o Japão mostrou uma recuperação vigorosa. As Américas permanecem como o maior mercado em volume. No total do exercício fiscal de 2025, a Apple faturou 416,161 bilhões de dólares, com Produtos contabilizando 307,003 bilhões e Serviços 109,158 bilhões. O lucro anual alcançou 112,010 bilhões e o LPA diluído subiu para 7,46 dólares.
Quando se trata de retorno ao acionista, a empresa retornou mais de 106 bilhões de dólares, proveniente de recompras de ações e dividendos, além de reduzir sua dívida a longo prazo. O fluxo de caixa operacional superior a 111 bilhões permite à Apple continuar investindo e remunerando acionistas sem prejudicar sua estrutura financeira.
À medida que se aproxima a campanha de Natal, a empresa deve observar a elasticidade da demanda em iPhones e Serviços com a nova gama de produtos. A performance em Mac e a situação no mercado chinês, juntamente com os custos e a consistência em recompras, serão elementos cruciais para monitorar nos próximos meses.




