Meta Platforms Inc. (NASDAQ: META), a gigante por trás de Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads, assume uma posição de destaque no mercado tecnológico. Com ações cotadas a aproximadamente R$ 682, a companhia imprime uma solidez financeira notável e uma perspectiva técnica positiva que exige uma análise cuidadosa.
Em seus resultados do primeiro trimestre de 2025, Meta demonstrou um desempenho superior às expectativas. Os dados financeiros indicam um forte impulso, com receitas que totalizaram R$ 42,31 bilhões, um crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Os lucros publicitários alcançaram R$ 41,39 bilhões, superando as projeções de R$ 40,44 bilhões. O crescimento contínuo se reflete em um aumento do margem operacional para 41%, comparado a 38% do ano anterior. A companhia também registrou um crescimento de 35% na utilidade líquida em relação ao trimestre anterior.
No que diz respeito às métricas de usuário, a empresa relatou 3,43 bilhões de usuários ativos diários, um aumento de 6% em relação ao ano passado. As impressões publicitárias e o preço médio por anúncio também mostraram crescimento, com aumentos de 5% e 10%, respectivamente.
Outro destaque é a integração da inteligência artificial nas operações da Meta. A plataforma Meta AI cresceu para quase 1 bilhão de usuários ativos mensais, um aumento notável em comparação aos 700 milhões reportados em janeiro. Essa implementação resultou em um aumento de 7% no tempo de permanência dos usuários em Facebook e 6% em Instagram nos últimos seis meses. A plataforma Threads, com 350 milhões de usuários ativos mensais, teve um aumento de 35% no tempo de uso. Embora sua monetização não seja um motor de receitas significativas em 2025, estabelece uma base promissora para o futuro.
As projeções financeiras para o segundo trimestre de 2025 indicam receitas entre R$ 42,5 e R$ 45,5 bilhões, com um aumento na perspectiva de gastos de capital para um intervalo de R$ 64-72 bilhões, alinhando-se a investimentos agressivos em infraestrutura de IA.
A análise de valorização da Meta traz à tona múltiplos indicativos. O P/E Ratio (TTM) é de 27,24, o que coloca a empresa em uma posição favorável em comparação a seus concorrentes, que apresentam médias de 36x. O PEG Ratio de 1,48 sugere uma avaliação razoável frente às perspectivas de crescimento, enquanto o EV/EBITDA se estabelece em 19,27, com um retorno sobre o patrimônio (ROE) notável de 39,83%.
Os indicadores técnicos também refletem um momentum ascendente. O RSI, em 14 dias, indica condições de sobrecompra a 78,13, enquanto o MACD sinaliza uma compra ativa com uma forte recomendação de compra (Strong Buy) baseada no consenso técnico. As médias móveis revelam sinais de compra, com a MA de 5 dias em R$ 684,80, a de 50 dias em R$ 654,62 e a de 200 dias em R$ 617,68.
Apesar do panorama otimista, existem riscos que devem ser considerados. A Comissão Europeia levantou questões sobre o serviço de assinatura sem anúncios da Meta, o que pode impactar os 16% dos seus ingressos provenientes da região. Além disso, as condições técnicas indicam uma possível correção, dados os níveis elevados do RSI. A intensificação da concorrência e a diminuição temporária do gasto publicitário por parte de exportadores de comércio eletrônico asiáticos também levantam preocupações sobre o desempenho futuro.
Diante desse cenário, a Meta se apresenta como uma opção atraente para investidores que buscam oportunidades a médio e longo prazo, com suas bases sólidas amplificadas por um crescimento significativo e uma abordagem agressiva em IA. No entanto, a vigilância sobre os desafios regulatórios e a sustentabilidade do crescimento será essencial.