O Governo português anunciou, nesta quinta-feira, que a nova estrutura de rendas moderadas será implementada a partir de agora, com um teto fixado em 2.300 euros. Segundo uma fonte do gabinete do ministro das Infraestruturas e Habitação, esta decisão resulta de uma prospeção de mercado que teve como foco as áreas de maior pressão habitacional, buscando assim abarcar um maior número de arrendamentos e deixando de fora os segmentos de luxo.
Além disso, a administração decidiu abolir o conceito de renda acessível, substituindo-o pelo de renda moderada, que abrange valores entre 400 e 2.300 euros, sem limites municipais. O ministro Miguel Pinto Luz ressaltou que essa mudança visa garantir mais transparência no mercado da habitação. Apesar da intenção de adaptar os valores à realidade dos agregados familiares que têm um rendimento mensal médio de cerca de 5.750 euros, existem preocupações em relação à discrepância nos distritos de Lisboa e do Porto, onde os preços de arrendamento ainda ultrapassam o teto definido.
Uma análise recente do jornal Público revelou que, ao cruzar dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), não há nenhum dos 308 municípios do país que apresente valores medianos de venda ou arrendamento superiores aos limites considerados para as rendas moderadas, fixados em 648.000 euros e 2.300 euros, respectivamente. Esta informação levanta questões sobre a eficácia do novo modelo e sua capacidade de atender à demanda habitacional em áreas com alta pressão.
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