Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que a epidemia de obesidade infantil na Europa continua alarmante, afetando milhões de crianças. O estudo, que faz parte da 6ª ronda da Iniciativa Europeia de Vigilância da Obesidade Infantil, Cosi, analisou dados de mais de 470 mil crianças de diversos países europeus. De acordo com os dados, uma em cada quatro crianças entre 7 e 9 anos apresenta excesso de peso, sendo que uma em cada dez vive com obesidade. Embora alguns países tenham mostrado sinais de estabilidade, as taxas de obesidade ainda ameaçam aumentar a incidência de doenças crônicas, como diabetes e problemas cardiovasculares.
O relatório também destacou que os pais frequentemente têm uma percepção distorcida do peso de seus filhos, com quase dois terços das crianças com excesso de peso sendo vistas como tendo peso normal. Isso demonstra uma subestimação alarmante que pode dificultar ações efetivas para combater a obesidade.
Em termos de alimentação, menos de 5% das crianças estão cumprindo a recomendação de consumir cinco porções diárias de frutas e legumes. O consumo de produtos não saudáveis persiste, com 41% das crianças ingerindo doces regularmente e 29% consumindo refrigerantes açucarados. A relação entre hábitos alimentares e nível socioeconômico ficou evidente, com crianças de famílias mais instruídas apresentando dietas mais saudáveis.
A prática de atividade física também é uma preocupação. Embora 53% das crianças cheguem à escola de forma ativa, 42% passam ao menos duas horas diárias em frente a telas durante a semana, um número que sobe para 78% nos fins de semana. O diretor de Prevenção e Promoção da Saúde da OMS/Europa, Gundo Weiler, enfatizou a urgência de políticas eficazes para enfrentar a obesidade infantil, sugerindo ações como impostos sobre alimentos açucarados, restrições à publicidade de produtos não saudáveis ea melhoria dos padrões nutricionais nas refeições escolares.
Origem: Nações Unidas





