O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Rafael Mariano Grossi, reuniu-se nesta segunda-feira com o Conselho de Diretores em Viena para discutir os recentes ataques às instalações nucleares no Irã. Durante a reunião, Grossi apresentou um relatório sobre a usina de Fordow, onde foram encontrados vestígios de explosão que indicam o uso de munições. Ele alertou que os danos subterrâneos ainda precisam ser avaliados de forma minuciosa e que a Aiea não possui uma visão completa da extensão dos estragos.
Os danos causados seriam significativos devido à carga explosiva empregada e à sensibilidade das centrífugas a vibrações. Na mesma data, houve novos ataques à instalação de enriquecimento em Fordow, mas as autoridades iranianas não forneceram informações sobre os responsáveis ou a gravidade dos danos.
Recentemente, o Irã também lançou mísseis e drones em direção a Israel e declarou que as Forças Armadas iranianas estão autorizadas a atacar alvos norte-americanos. As autoridades do país afirmaram que os Estados Unidos ultrapassaram uma “linha vermelha” ao utilizar armas de grande destruição nos últimos ataques.
Grossi ressaltou que inspetores da Aiea estão no território iraniano e podem contribuir para a apuração dos fatos, essencial para quaisquer próximos acordos. Ele fez um apelo para que os confrontos cessem, permitindo condições de segurança adequadas para que as equipes da Aiea possam acessar as instalações e avaliar a situação. O diretor pediu que qualquer medida tomada pelo Irã em relação à proteção de seus materiais nucleares esteja em conformidade com as obrigações de salvaguardas internacionais.
Origem: Nações Unidas