O Fórum Econômico Mundial destaca o papel da IA agentiva na evolução do emprego
A transformação do mercado de trabalho global está em curso, não apenas impulsionada por tendências tecnológicas e demográficas, mas também pela maneira como o aprendizado acontece nas organizações. De acordo com o último Informe sobre o Futuro do Emprego 2025 do Fórum Econômico Mundial, a IA agentiva — uma evolução da inteligência artificial que atua de maneira autônoma e contextualizada — será fundamental para redesenhar a experiência laboral, particularmente em ambientes de aprendizado contínuo.
A IA agentiva, diferente da IA generativa tradicional, combina dados históricos, instruções em linguagem natural e contexto empresarial para tomar decisões precisas. Isso permite, por exemplo, que uma plataforma educacional detecte automaticamente quais competências um empregado necessita, sugira um itinerário formativo adaptado e, após a conclusão do aprendizado, comunique ao departamento de recursos humanos sobre os próximos passos.
O informe, que se baseia em pesquisas com mais de 1.000 empresas globais em 22 setores e 55 economias, revela que 39% das competências atuais estarão obsoletas entre 2025 e 2030. Além disso, a instabilidade de habilidades diminuiu de 57% em 2020 para 44% em 2023, graças a programas de reskilling e upskilling. Também se prevê que o trabalho remoto alcance 90 milhões de vagas até 2030 e que a IA possa economizar 78 milhões de horas semanais em tarefas rotineiras nos EUA até 2026.
Diante destes dados, torna-se urgente que as empresas adotem modelos de formação adaptativos e automatizados, como os que a IA agentiva possibilita. Essa tecnologia traz diversos benefícios tangíveis para o ecossistema laboral, incluindo a melhoria do desempenho do aprendizado e a automatização de tarefas docentes. Plataforma como Pearson+ já demonstram como o uso de IA pode aumentar a participação ativa e a retenção do conhecimento.
A IA agentiva não apenas otimiza processos, mas também permite repensar os papéis laborais e alinhar as habilidades dos colaboradores com os objetivos estratégicos das empresas. Este novo paradigma impacta a planejamento da força de trabalho, a captação de talento e o design de itinerários profissionais personalizados.
Em conclusão, o aprendizado personalizado e baseado em inteligência artificial não é apenas uma utopia, mas uma necessidade. No mundo laboral cada vez mais digitalizado, o sucesso dependerá da capacidade de reinvenção constante de empresas e profissionais. A IA agentiva não apenas oferece as ferramentas para essa transformação, mas também aponta para uma nova economia do conhecimento mais resiliente e preparada para os desafios do futuro.