Operadoras Europeias de Telecomunicações Pedem Liberação Urgente da Banda de 6 GHz para o Futuro do 6G na Europa
As principais operadoras de telecomunicações da Europa, incluindo nomes como Telefónica, Orange, Vodafone e Deutsche Telekom, uniram forças para exortar a União Europeia a agir rapidamente na liberação da banda de 6425-7125 MHz. Em uma declaração conjunta, essas empresas alertam que a não alocação dessa faixa para serviços móveis pode comprometer seriamente o futuro do 6G no continente.
Os líderes técnicos das operadoras enfatizam que a decisão sobre a banda de 6 GHz terá "implicações profundas e duradouras" para a capacidade da Europa de liderar a conectividade digital no futuro. Com a saturação das redes móveis urbanas previstas para 2030 e a atual utilização das bandas já alocadas, essas empresas insistem na necessidade urgente de ação.
A banda superior de 6 GHz é vista como a "única opção viável" para o desenvolvimento do 6G na região. Suas características, como a capacidade de proporcionar portadoras de até 200 MHz, são cruciais para suportar as demandas das novas tecnologias. Em contraste, outras faixas candidatas, como as de 7-8 GHz, estão limitadas por usos estratégicos, dificultando seu acesso.
Além das questões técnicas, a liberação dessa banda é considerada essencial para garantir a competitividade industrial da Europa, especialmente em um cenário global onde a harmonização de espectro é fundamental. A falta de uma abordagem unificada pode resultar em uma fragmentação do ecossistema digital da Europa, prejudicando sua posição na corrida pela inovação.
A pressão está agora sobre o Grupo de Política do Espectro Radioelétrico (RSPG), que deve apresentar um projeto de parecer sobre o uso da banda superior de 6 GHz em junho. As operadoras pedem apoio claro para a alocação total da banda a serviços móveis, destacando que qualquer atraso nessa decisão pode prejudicar seriamente o futuro digital da Europa.
A declaração foi assinada por representantes de várias operadoras, incluindo A1 Group, BT, KPN, Elisa, Proximus, Telia Company, TIM e United Group. Eles concordam que é necessário uma estratégia ambiciosa e unificada para o espectro, essencial para transformar o 6G em realidade no continente.
A situação nos próximos meses será decisiva; o espectro não é apenas um recurso técnico, mas a base sobre a qual se construirá a soberania digital e a inovação econômica da Europa na próxima década.