Neste 29 de maio, é celebrado o Dia Internacional dos Capacetes Azuis das Nações Unidas, destacando o papel crucial das missões de paz em todo o mundo. Atualmente, existem 11 missões em operação, mobilizando mais de 68.500 profissionais dedicados à estabilização de países em conflito. O secretário-geral da ONU, António Guterres, em uma mensagem de vídeo, enfatizou o tema deste ano: “o futuro das operações de paz no mundo”. Ele destacou a importância de que as Nações Unidas estejam equipadas para enfrentar as realidades atuais e os desafios futuros.
A missão na República Centro-Africana, conhecida como Minusca, conta com mais de 17 mil militares e 3 mil policiais. Entre os profissionais, brasileiros e portugueses compartilharam suas experiências com a ONU News, ressaltando a coragem e a resiliência da população local. A major Ana Paula Martins comentou sobre o aprendizado diário proporcionado pelo convívio com os centro-africanos e com colegas de diversos países, enquanto o capitão Ricardo Fernando Montes e Pinho se impressionou com a simplicidade e a alegria do povo, que consegue sorrir mesmo diante de grandes dificuldades.
Desde 1948, a ONU já implementou 71 missões de paz, com mais de mil voluntários atualmente atuando no terreno. Guterres lembrou o sacrifício de mais de 4.4 mil agentes da paz que perderam suas vidas em serviço, sendo 57 só no ano passado. Essa memória é fundamental para a continuidade do trabalho das Nações Unidas, especialmente em contextos cada vez mais perigosos, afetados por terrorismo e outras ameaças globais.
No mesmo dia, duas boinas-azuis foram reconhecidas com os Prêmios Defensora Militar da Igualdade de Gênero e Policial Mulher do Ano. Sharon Syme, do Gana, e Zainab Gbla, da Serra Leoa, foram honradas por suas notáveis contribuições nas missões de paz. Essa celebração é uma oportunidade para refletir sobre o impacto das operações de paz e a importância da diversidade e igualdade no contexto militar.
Origem: Nações Unidas