Um novo estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em colaboração com o Instituto Nacional de Investigação da Polônia (Nask) indica que um em cada quatro empregos no mundo está potencialmente exposto à inteligência artificial generativa. A pesquisa sugere que a tendência mais provável será a transformação dos empregos, em vez de sua substituição completa.
O relatório, intitulado “Inteligência Artificial Generativa e Empregos: Um Índice Global Refinado da Exposição Ocupacional”, analisa aproximadamente 30 mil tarefas profissionais e oferece um panorama detalhado de como as novas tecnologias podem reconfigurar profissões em diferentes países. Pawel Gmyrek, um dos autores do estudo, destaca que os pesquisadores se concentraram em dados reais e desenvolveram um modelo que combina a experiência humana com módulos de inteligência generativa.
Entre as descobertas, o estudo aponta que a exposição à IA é significativamente maior entre mulheres do que entre homens em países desenvolvidos. Enquanto 9,6% dos empregos femininos estão em áreas suscetíveis à automatização total, apenas 3,5% dos empregos masculinos apresentam o mesmo risco. O emprego feminino, portanto, é mais vulnerável à automação.
As funções administrativas, especialmente em setores como mídia, software e finanças, devem sofrer os impactos mais profundos devido à automação potencial das tarefas que realizam. No entanto, a pesquisa ressalta que, apesar do aumento na eficiência proporcionada pela IA, muitas atividades ainda requerem a intervenção humana. A implementação de políticas voltadas para a transição digital será crucial para ajudar os trabalhadores a se adaptarem às novas realidades do mercado de trabalho.
Por fim, o estudo conclui que os empregos não desaparecerão completamente, mas passarão por transformações significativas. A OIT e o Nask pedem aos governos e organizações que busquem um diálogo social ativo e desenvolvam estratégias inclusivas para melhorar a qualidade do emprego e aumentar a produtividade, especialmente nos setores mais afetados pela automação.
Origem: Nações Unidas