A Câmara Municipal do Seixal tomou a iniciativa de agilizar sua estratégia local de habitação ao exercer o direito de preferência na aquisição de 30 habitações ao Novo Banco, com valores significativamente inferiores ao mercado. Em entrevista, o autarca Paulo Silva destacou a importância dessa ação para atender famílias em situação de vulnerabilidade habitacional, afirmando que os preços alcançados giram em torno de 60 a 70 mil euros. Entretanto, ele criticou os atrasos enfrentados para a construção de novas casas, atribuídos à lentidão do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
Além das dificuldades na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê a entrega de moradias em prazo apertado de cerca de um ano, Silva alertou sobre o risco de perder centenas de milhões de euros por falta de agilidade do IHRU nas respostas às propostas municipais. O autarca lamentou que esse cenário não é exclusivo do Seixal, mas um problema comum enfrentado por diversos municípios do país, o que pode comprometer a eficácia da estratégia habitacional.
Outro projeto que tem gerado insatisfação é a reabilitação do Arco Ribeirinho Sul, que já se encontra parado há 17 anos. Silva manifestou preocupação com o aproveitamento de 300 hectares destinados à instalação de empresas, apontando uma crescente escassez de terrenos disponíveis. Ele ressaltou que, embora surgem promessas e a criação de empresas para desenvolver o projeto, a execução prática continua ausente, prejudicando o desenvolvimento da Península de Setúbal e frustrando os anseios da comunidade local.
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