Nesta terça-feira, a Faixa de Gaza voltou a ser abalada por intensos bombardeios aéreos, resultando em relatos não confirmados de centenas de mortes. O subsecretário-geral para Assuntos Humanitários da ONU, Tom Fletcher, expressou sua profunda preocupação, afirmando que “os piores temores se materializaram”. Informações do movimento Hamas indicam que mais de 400 pessoas foram vítimas desses ataques.
As forças israelenses emitiram novas ordens de evacuação, agravando ainda mais o clima de temor entre os moradores da região. Fletcher destacou que os “modestos ganhos obtidos durante o cessar-fogo estão sendo destruídos”, uma vez que, desde 2 de março, a entrada de suprimentos vitais foi cortada para 2,1 milhões de pessoas neste enclave.
Os esforços humanitários estão cada vez mais restritos, com o preço dos alimentos básicos disparando e seis padarias, que eram subsidiadas pelo Programa Mundial de Alimentos, fechando devido à escassez de gás de cozinha. Além disso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou seu choque com os bombardeios e pediu um respeito imediato pelo cessar-fogo, ressaltando a necessidade de restaurar a assistência humanitária.
Volker Turk, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, manifestou sua indignação diante das centenas de mortes, ressaltando que “não há saída militar para esta crise”, e que a única solução viável é um acordo político que ponha fim à guerra. Muhannad Hadi, coordenador humanitário da ONU, descreveu a situação em Gaza como “inconcebível”, pedindo com urgência pela restauração da paz, assistência humanitária contínua e a libertação de reféns.
Origem: Nações Unidas