O Banco de Portugal (BdP) divulgou um estudo que revela que, em 2023, o Salário Mínimo Nacional (SMN) em Portugal, ajustado pelo número de pagamentos anuais, continua sendo um dos mais baixos da zona do euro, fixado em 887 euros. Apesar das disparidades nos níveis de preços entre os países, esta situação destaca a necessidade de uma análise mais profunda sobre as políticas salariais adotadas em cada nação da União Europeia. O estudo foi elaborado por Sónia Félix e Fernando Martins e levanta questões sobre a competitividade e o poder de compra dos trabalhadores portugueses.
O estudo também aponta que, entre os 20 países da Zona Euro, 17 mantêm uma política explícita de SMN. Os outros três países, Áustria, Finlândia e Itália, definem salários mínimos principalmente através de contratos coletivos. Esta diversidade nas abordagens salariais revela a complexidade das economias europeias e a importância de mecanismos que garantam salários justos e dignos para todos os trabalhadores, refletindo as condições sociais e econômicas locais.
Adicionalmente, o índice de Kaitz, que representa a relação entre o SMN e o salário mediano, mostra que em Portugal o SMN equivale a 68% do salário mediano, o valor mais alto na área do euro. Esse resultado contrasta com os 62% registrados na França, país tradicionalmente associado a salários mínimos mais elevados. O aumento significativo do SMN em Portugal nos últimos anos, que passou de 56% em 2015, sinaliza uma mudança positiva, mas ainda assim levanta a discussão sobre a adequação desses valores frente ao custo de vida e à recuperação econômica post-pandemia.
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