No mês que marca os 14 anos do início da guerra na Síria, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou em uma declaração a profunda devastação causada pelo conflito. Ele mencionou que o que teve início como um apelo pacífico por mudanças se transformou em um dos conflitos mais destructivos da história contemporânea, evidenciado pelo uso indiscriminado de armas químicas e bombardeios que afetaram crianças, mulheres e homens.
Em sua nota, Guterres enfatizou as consequências terríveis das cercas prolongadas, que levaram muitos sírios a enfrentar a fome e a carestia, onde a comida e os medicamentos se tornaram armas de guerra. Ele lamentou que os ataques a hospitais, escolas e lares tenham quase eliminado quaisquer vestígios de uma vida normal no país.
Apesar do cenário desolador, o secretário-geral expressou uma esperança renovada a partir de 8 de dezembro, afirmando que há uma possibilidade real de reconstrução e reconciliação na Síria. Ele ressaltou que a comunidade internacional deve garantir que todos os sírios possam viver em paz, sem o medo constante da violência.
Guterres fez um apelo claro para que todas as hostilidades cessem e solicitou uma investigação independente e imparcial sobre as recentes violações de direitos humanos. Ele reiterou que as autoridades sírias têm a responsabilidade de estabelecer um país baseado em princípios de inclusão e confiança.
Dirigindo-se diretamente aos líderes sírios, o secretário-geral pediu ações decisivas que assegurem a proteção de todos, independentemente de etnia, religião ou filiação política. Guterres afirmou que a ONU está preparada para apoiar o povo sírio em um processo de transição política que promova a responsabilidade e a cura nacional, visando a recuperação e reintegração do país na comunidade internacional.
Origem: Nações Unidas