Na terça-feira, durante a 69ª Reunião da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, a Assembleia Geral adotou uma Declaração Política por consenso, reafirmando o comprometimento global com o avanço dos direitos, da igualdade e do empoderamento de todas as mulheres e meninas. Este documento é considerado fundamental para a implementação da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, que data de 1995, e destaca 2025 como uma “oportunidade significativa” para acelerar esses esforços.
Os Estados-membros reconheceram a igualdade de gênero como um requisito essencial para o desenvolvimento sustentável, comprometendo-se a eliminar todas as barreiras estruturais que dificultam o progresso das mulheres. Sima Bahous, diretora executiva da ONU Mulheres, destacou a importância da declaração ao afirmar que “nenhuma nação alcançou ainda a igualdade de gênero total”, e enfatizou que não é mais aceitável adiar as promessas feitas há três décadas.
A declaração também reafirma o compromisso de proteger todos os direitos humanos e liberdades fundamentais das mulheres, além de sublinhar a necessidade de integrar a liderança feminina nas fases de prevenção de conflitos e na construção da paz.
Entre as questões abordadas, destaca-se o combate à violência contra mulheres e meninas, incluindo o enfrentamento do cyberbullying e do assédio online. Outro ponto crítico é a erradicação da pobreza em suas diversas formas, com ênfase na garantia do direito à educação nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, além do aumento dos investimentos em sistemas de cuidados.
Por último, a declaração propõe reconhecer, reduzir e redistribuir a carregada responsabilidade que recai sobre mulheres e meninas em relação ao trabalho doméstico não remunerado, defendendo uma divisão equitativa das responsabilidades no lar e um melhor equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. A Comissão sobre o Estatuto da Mulher, responsável pela elaboração deste documento, é um órgão intergovernamental global dedicado exclusivamente à promoção da igualdade de gênero desde sua criação em 1946.
Origem: Nações Unidas