Startup de navegação revolucionária recebe investimento significativo para transformar serviços de posicionamento
Xona Space Systems, uma startup californiana emergente no setor aeroespacial, anunciou a captação de mais de 150 milhões de dólares em financiamento, com o objetivo de reimaginar a infraestrutura global de navegação. A empresa planeja construir uma constelação de satélites em órbita baixa terrestre (LEO) que promete oferecer serviços de posicionamento mais precisos, seguros e resistentes do que o tradicional sistema de GPS.
A recente rodada de financiamento inclui uma Série B liderada pela Craft Ventures, com contribuições de investidores existentes como Stellar Ventures, Seraphim Ventures e Toyota Ventures, entre outros. Além disso, a Xona recebeu uma subsídio não dilutivo de 20 milhões de dólares da SpaceWERX, o braço de inovação da Força Espacial dos EUA.
Fundada por Brian Manning e uma equipe de especialistas em sistemas espaciais, a Xona tem como missão "reconstruir a infraestrutura de posicionamento para a era moderna", focando na resiliência e na precisão centimétrica.
Com o lançamento bem-sucedido do Pulsar-0, o primeiro satélite da futura constelação, a startup busca superar as limitações do GPS, que foi projetado há décadas. O Pulsar promete uma potência de sinal até 100 vezes maior que a do GPS convencional, funcionando em ambientes desafiadores, como áreas sob densa vegetação ou em interiores industriais.
A startup não se limita ao setor militar; o serviço Pulsar visa atender a indústrias fundamentais como construção, agricultura de precisão, transporte inteligente e automação. Com uma latência reduzida e cobertura robusta, a constelação da Xona promete revolucionar múltiplos setores.
“A navegação e a sincronização são sistemas essenciais que não devem falhar”, diz Brian Manning, CEO da Xona. O projeto, que começou com o satélite Huginn em 2022, planeja implantar centenas de satélites nos próximos anos, com a primeira fase de operação prevista para 2026.
Num contexto global de tensões geopolíticas, a proposta da Xona emerge como uma alternativa confiável de navegação. Com a urgência de modernizar a infraestrutura de GPS dos EUA diante de avanços de potências como China e Rússia, iniciativas privadas como a da Xona podem representar um caminho ágil e inovador para fechar essa lacuna.
A visão da startup não é substituir o GPS, mas sim complementá-lo, possibilitando um mundo mais conectado e autônomo. Como conclui Manning, “quando esses sistemas funcionam bem, o progresso se acelera, e é isso que estamos construindo.”