As Nações Unidas manifestaram uma profunda preocupação após o sequestro de mais de 300 crianças de uma escola católica no estado de Níger, na Nigéria, ocorrido na madrugada de sexta-feira. A vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, ressaltou em sua conta nas redes sociais que as escolas deveriam ser vistas como “santuários para a educação”, clamando pelo retorno imediato dos sequestrados e denunciando os contínuos raptos no país africano.
Esse incidente marca o terceiro caso de sequestro em menos de uma semana, levando o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, a adiar sua participação no Encontro de Cúpula do G20, que está acontecendo na África do Sul. Amina Mohammed enfatizou a inaceitabilidade da violência contra crianças e pediu que os responsáveis pelos sequestros sejam levados à Justiça por suas ações.
Na mesma semana, uma igreja cristã foi alvo de ataque no estado de Kwara, resultando em dois mortos e 38 fiéis sequestrados. Além disso, um colégio em Kebbi sofreu um atentado semelhante, onde 20 alunas foram levadas por assaltantes. O sequestro na Escola de Santa Maria pode ser o maior já registrado no país, evocando memórias do sequestro de 276 meninas em Chibok em 2014, perpetrado pelo grupo extremista Boko Haram.
Em resposta ao aumento do extremismo violento em várias regiões da Nigéria, o presidente Tinubu afirmou estar ciente da situação e orientou as agências de segurança a agir com rapidez e clareza. Seu governo tem se mostrado comprometido em colaborar com os Estados Unidos e a comunidade internacional para fortalecer a proteção de comunidades de todas as religiões no país.
Em um outro contexto, a questão do agricultor Sunday Jackson, do estado de Adamawa, que enfrenta pena de morte por ter matado um pastor fulani em um suposto ato de defesa, também está ganhando destaque. A defesa de Jackson alega que ele agiu em legítima defesa, utilizando a arma do agressor durante o confronto, embora as autoridades mantenham a condenação.
Origem: Nações Unidas






