O ambiente econômico em Portugal apresentou uma notável recuperação ao longo do último ano, impulsionado por uma inflação estabilizada em torno de 2% e uma diminuição nas taxas de juros. Com o emprego mantendo-se robusto, o setor da construção tem se destacado, encerrando 2024 com mais de 25.000 casas novas à venda, um dos maiores números registrados em quatro anos. Este crescimento no setor é um reflexo das condições econômicas favoráveis e da demanda crescente por habitação, especialmente em áreas urbanas.
De acordo com o relatório residencial anual de 2024, foram registrados mensalmente mais de 21.000 novos imóveis no mercado. O pico foi alcançado em junho, com 25.352 novos apartamentos, o maior número desde 2020. Apesar do aumento na oferta, os preços das casas novas também subiram, alcançando uma média de 3.800 euros por metro quadrado, impulsionados principalmente pelos altos custos de construção e pela escassez de mão de obra qualificada. O Porto e Lisboa lideram a concentração de novos projetos, representando mais de 60% da atividade no setor.
Com a aprovação de novas legislações e simplificações no processo de licenciamento, a construção de novas habitações está prevista para continuar a crescer, especialmente na região Norte, que já acumula a maior parte das licenças concedidas. As expectativas são de que a oferta de habitação se amplie nos próximos anos, conforme o governo finalize uma reforma na legislação urbana e considere medidas como a redução do IVA na construção, que ainda está sendo debatida. Essas iniciativas são vistas como essenciais para atender à crescente demanda por habitação em Portugal.
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