O setor imobiliário português enfrenta um momento crítico, com a crescente demanda por habitação impossibilitando o acesso a moradias. No primeiro trimestre de 2025, os preços dos imóveis aumentaram 16,3% em relação ao ano anterior, marcando um novo recorde histórico. Esta elevação dos preços é acompanhada por um aumento significativo nas transações, com 41.358 propriedades vendidas, um salto de 25% em comparação com o mesmo período de 2024, conforme dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados do INE revelam que o aumento dos preços nas habitações existentes foi ainda mais acentuado, totalizando 17%, enquanto as habitações novas subiram 14,5%. Em comparação com o trimestre anterior, houve um crescimento de 4,8% no índice de preços de habitação, destacando uma recuperação notável na atividade imobiliária. A procura por imóveis existentes, que corresponderam a 79,8% das vendas totais, continua a impulsionar o mercado, evidenciando a necessidade urgente de mais construções habitacionais.
Além disso, o valor total das transações no primeiro trimestre alcançou 9,6 bilhões de euros, um aumento de 42,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Embora a concentração de compradores estrangeiros tenha atingido o nível mais baixo desde 2021, o mercado interior mostra sinais de força com um aumento de 26,6% nas aquisições por residentes. As regiões do Norte e Grande Lisboa lideram as vendas, mas é na Península de Setúbal e Madeira que se observam os maiores crescimentos em valor, refletindo um desnível nas dinâmicas regionais do setor.
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