Desde o início do ano, Portugal vive uma intensa corrida ao crédito habitação, refletida no aumento das dívidas totais das famílias. O Banco de Portugal (BdP) anunciou que, em abril, o montante total de empréstimos para habitação alcançou 105,2 mil milhões de euros, representando um aumento anual de 6%, o mais elevado desde agosto de 2008. Este crescimento é destacado pela diferença em relação aos países da zona euro, onde os créditos para habitação subiram apenas 1,7% no mesmo período.
A tendência de crescimento é consistente, com um acréscimo de 789 milhões de euros em relação a março, conforme relatado por Mário Centeno, o governador do BdP. A dinâmica positiva no mercado hipotecário português é impulsionada pela combinação de taxas de juros mais baixas, resultantes da redução da Euribor, e pela competitividade dos spreads. Iniciativas governamentais, como a isenção do IMT e garantias públicas, também têm incentivado os jovens a adquirirem a sua primeira casa, aumentando a procura por novos créditos.
No final de abril, o número de devedores de crédito à habitação subiu para 1,96 milhões, o que traduz um aumento de 2 mil devedores em relação ao mês anterior. Esse cenário revela um saldo positivo entre novos empréstimos e amortizações, evidenciando a resiliência do mercado. Com as condições favoráveis, o setor continua a atrair interessados, mesmo em um contexto econômico desafiador.
Ler a história completa em Idealista Portugal