O alto comissário para Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, fez um apelo urgente para que a guerra em Gaza chegue ao fim, enfatizando a necessidade de que israelenses e palestinos possam coexistir pacificamente. Ele condenou o recente anúncio do governo israelense sobre possíveis ações militares na região, afirmando que tal medida contraria a decisão da Corte Internacional de Justiça, que apoia uma solução de dois Estados.
Turk alertou que qualquer intensificação do conflito resultará em deslocamentos forçados, aumento de mortes e um sofrimento profundo para a população já devastada de Gaza. Ele pediu a Israel que priorize a proteção da vida civil e facilite o fluxo irrestrito de ajuda humanitária.
Além disso, o alto comissário destacou a importância da libertação imediata e incondicional de todos os reféns israelenses mantidos por grupos armados palestinos, assim como a libertação de palestinos detidos arbitrariamente por Israel. Com a escalada do conflito, agências humanitárias têm expressado preocupação com a situação crítica, mencionando que os bombardeios e as restrições à assistência humanitária têm provocado uma catástrofe humanitária em curso.
Em relação à saúde pública, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, informou que quase 12 mil crianças menores de cinco anos foram diagnosticadas com desnutrição aguda em um mês, um recorde alarmante. Apesar das promessas de pausas militares diárias por Israel para melhorar a assistência humanitária, trabalhadores do setor afirmam que a ajuda chega de forma insuficiente, exacerbando a crise na região.
Origem: Nações Unidas