O astrofísico britânico Brian Cox foi designado como Campeão para o Espaço das Nações Unidas pelo Escritório das Nações Unidas para os Assuntos do Espaço Exterior, Unoosa. Em uma entrevista à ONU News, Cox expressou que o espaço é uma fronteira de oportunidades ilimitadas e um desafio à colaboração humana. Ele se compromete a utilizar sua influência para destacar a importância do espaço, não apenas para os cientistas, mas para todos que aspiram a um futuro coletivo.
Cox mencionou que a exploração espacial sempre uniu as pessoas, citando a Estação Espacial Internacional como um exemplo claro de cooperação, já que a exploração do espaço transcende a soberania de qualquer nação. Com o setor espacial atualmente avaliado em cerca de US$ 700 bilhões, espera-se que ele ultrapasse US$ 2 trilhões até 2035.
Para Cox, a nova era na exploração espacial demanda um esforço conjunto, regulamentações comuns e ambição compartilhada. Ele argumenta que é impraticável discutir a defesa planetária ou a exploração lunar de maneira isolada, pois essas questões exigem uma abordagem global.
O professor também enfatizou a importância de tornar a ciência mais acessível, tanto ao público quanto a líderes políticos e empresariais. Ele alertou que a falta de compreensão dos benefícios científicos pode levar a más decisões. Além do impacto econômico, a exploração espacial é essencial para enfrentar desafios fundamentais, como a possibilidade de vida em outros planetas.
Cox rechaçou a noção de que o investimento no espaço é um luxo, defendendo que o espaço é crucial para resolver problemas terrestres. Ele ressaltou o papel dos satélites em áreas essenciais como monitoramento climático e comunicações globais.
Além disso, ele argumentou que todos os países, especialmente os em desenvolvimento, deveriam ter voz ativa na economia espacial, uma vez que o espaço é um domínio sem fronteiras. Com o avanço de projetos como as bases lunares, Cox pediu pela criação de normas globais inclusivas que assegurem uma distribuição justa dos benefícios do espaço.
Por fim, o astrofísico concluiu que o espaço reflete a habilidade humana de cooperar. Questões globais, como as mudanças climáticas e a saúde pública, não respeitam fronteiras, assim como a exploração do espaço. Ele enfatizou a importância das Nações Unidas no fortalecimento dessa colaboração universal, lembrando que compartilhamos o mesmo céu e as mesmas estrelas.
Origem: Nações Unidas






