Quatro agências da ONU emitiram um apelo conjunto, destacando a necessidade urgente de priorizar a saúde mental e o bem-estar de crianças e adolescentes nas políticas públicas. O documento, assinado pela Unesco, Unicef, o Escritório da Juventude e a OMS, enfatiza a carência de investimentos significativos e de uma narrativa unificada, apesar do crescente reconhecimento da importância do tema.
A iniciativa expõe que, embora algumas políticas globais tenham sido implementadas, as crianças e os jovens ainda estão amplamente excluídos dos compromissos internacionais. Dados recentes revelam que apenas 56% dos países possuem estratégias específicas para essa faixa etária e menos da metade oferece serviços de apoio psicológico nas comunidades ou escolas.
O comunicado convoca os Estados-Membros a desenvolverem estratégias nacionais de saúde mental, alinhadas ao Plano de Ação Integral da OMS, e sugere a criação de uma plataforma global que una governos, redes juvenis e sociedade civil. As agências ressaltam que as crianças e os jovens devem ser agentes ativos na formulação de políticas, promovendo ambientes seguros nas escolas e comunidades.
A proposta inclui a integração de indicadores de saúde mental em sistemas de informação para melhorar a responsabilização e o acompanhamento do progresso. A ONU alerta que investir em políticas inclusivas é crucial para garantir que nenhuma criança ou jovem fique para trás, especialmente em um contexto em que um em cada sete adolescentes enfrenta questões de saúde mental sem o devido diagnóstico ou tratamento.
Origem: Nações Unidas






